LISBON TRENDY BLOCK


quinta-feira, 6 de março de 2014

O Martim


“Já foi lugar de Amor o Tejo”.

Eugénio de Andrade.

Se fosse o meu convidado, a escrever esta frase, ela seria algo como: “já foi lugar de Amor o Cais do Sodré”.

 


 
O meu convidado para uma informal entrevista para o Blog do Lisbon Trendy Block, foi o músico Martim Torres, sim, foi o O Martim.

 


E aqui, o excesso do artigo definido masculino “o” faz todo o sentido.

Mal sabia eu que de facto ia encontrar no Martim, muito mais que um músico, mas sim uma amálgama de mundos. E isto nos dias que correm, é raro.

Escolhi uma frase de Eugénio de Andrade para dar início a este texto porque o meu convidado encontrou num lugar de Lisboa um espaço para curar amores e encontrar outros mais.

Amores pela música, pela criação, por Lisboa, e é nas ruas do Cais do Sodré que Martim Torres, se revela um músico pop com formação em Jazz, e uma vontade imensa de fazer da sua música “uma pop de rua com cheiro a rock e a mojito.”

Encontrei-me com o Martim no Príncipe Real numa Lisboa de Sol.
Sol esse, que nos aqueceu, para uma calorosa conversa num banco de jardim do Príncipe Real.

 

Não conhecia o Martim até este dia, conhecia o trabalho do projecto O Martim, projecto esse que pessoalmente, adoro.

 
Abordei o Martim para o desafio de me falar dele (e dos Martins que habitam dentro dele) tendo como fundo esta cidade, que tanto eu como o Martim, adoramos.

 

E a conversa fluiu.

O Amor como trave mestra, e tudo o resto a deambular, entre a composição e as suas músicas.

 

 
Apaixonado pela música desde sempre, resolve estudar no Porto, nada mais que jazz.

De volta a Lisboa, inicia um périplo de projectos, foi baixista de B Fachada, fez parte dos Homens da Luta, e ainda está no ar no 5 Para A Meia Noite vai para cinco anos.

Tudo isto cabe dentro do mundo do Martim, pois tal como o próprio se define “há muita coisa cá dentro”, traduzindo esta quantidade de coisas, de afectos e de criatividade, no Projecto O Martim.

O álbum Em Banho Maria foi o inicio de toda esta jornada que caminha para a gravação do segundo álbum. E Martim faz-se agora acompanhar dos músicos, António Quintino (Baixo), David Pires ( Bateria), Ana Cláudia (Xilofone/synths) e Ricardo Amaral (Guitarra).
 
E no dia 12 de Abril, já os podemos ver no Teatro do Bairro,para um novo concerto.

Estes últimos meses marcaram uma época feliz para o Martim. Cantou com Mallu Magalhães. Conheceu e privou com Marcelo Camelo ( a banda favorita do Martim é Los Hermanos) e tem agora nas mãos a criatividade que necessita para lançar até ao Verão o seu segundo álbum.

 

A nossa conversa foi como se dois Lisboetas apaixonados por esta cidade e pela música já se conhecessem vai para muito tempo.
 

 
E aqui o Tempo desempenha um papel fundamental, pois será o Tempo, o tema do seu segundo álbum.

Como se o tempo fosse uma oração e tivéssemos que estar sempre devotos a ele, quando para o Martim se houver alguma devoção na vida, que seja sempre: ser feliz.

 

Foi um prazer ter o Martim à conversa. Foi um prazer encontrar um músico que canta sobre o Cais do Sodré e que fala sobre as trivialidades do Amor na rua de Lisboa onde cabem várias cidades da Europa e Países distantes.

                        

Está tudo certo.

Para o Martim Torres.

Para O Martim.

Só se poderia fazer música onde habitam vários mundos, e é por isso, que ele deambula pelo Cais do Sodré.

E é por isso que Lisboa tem um músico como o Martim.

Que venha daí o novo álbum e o concerto de 12 de Abril.
 
 

 

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